AH! o gado, o pasto,
o pardo lago.
Olho pelos lados
pendurado
ardem os bovinos
árdua vida pacata,
beber do açude
água parada
comer ração e grama pisada
Abençoada vida
que bem tratada é para a morte,
Alimentada para virar corte
A corte aguarda a ceia
A guarda anseia mais
servidos
os divinos filés bovinos,
satisfazem seu algoz
e pastam sempre
e obedecem sempre
sem saber
que são alimentados pra morrer.
sábado, 25 de outubro de 2008
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
A coisa crua
A peça bovina nas mãos do açougueiro. É fácil imaginar esta natural cena.: Uma faca afiada cortando a carne vermelha. Vermelho sangue; hemoglobina.
A parte branca é gordura. gordura em excesso faz mal à saúde.
a carne sangra. eu lembro das vacas pastando, olhos de grande passividade.
O masculino sempre prevalece. Os irmãos. As vacas são exceção.
Ninguém se refere aos bois. A não ser o dono dos dois.
O sangue é rubro. Passeia pela fina camada do transparente plástico, mas não o atravessa.
Só a/há luz.
Meus ofuscados olhos choram as vidas que não matei mas comi.
Comi a coisa crua. E gostei.
A parte branca é gordura. gordura em excesso faz mal à saúde.
a carne sangra. eu lembro das vacas pastando, olhos de grande passividade.
O masculino sempre prevalece. Os irmãos. As vacas são exceção.
Ninguém se refere aos bois. A não ser o dono dos dois.
O sangue é rubro. Passeia pela fina camada do transparente plástico, mas não o atravessa.
Só a/há luz.
Meus ofuscados olhos choram as vidas que não matei mas comi.
Comi a coisa crua. E gostei.
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